Questionário a Sesshoumaru e a Inuyasha

Amy estava a passear pela escola já que nas horas de almoço ficava sempre na escola.

Não tinha ninguém com quem sair, nem para onde ir e tinha de começar a estudar para os exames, uma coisa que planeara fazer mas que fora adiada porque se tinha esquecido dos livros escolares da disciplina que devia estudar e a biblioteca tinha os livros todos esgotados.

Quando avistou ao fundo, nos cacifos, um rapaz moreno a tentar fechar o cacifo, correu a ajudá-lo. Era um miúdo novo e como tal, vítima de praxes e de pessoas que até faziam a estupidez de lhe estragar o cadeado.

- Precisas de ajuda? – perguntou Amy e ajustando a sua saia, que tinha prendido a outro cacifo, pegou no cadeado e avaliou-o. – Acho que está mesmo estragado. Sabes quem é que fez isso?

- Não… Não faço a mínima…

- Olha que se souberes diz logo. Muitas pessoas gozam com os mais novos mas não se podem escapar.

- Ele sabe defender-se, muito obrigada. – disse uma voz gelada atrás dela. – Ainda só tem doze anos, mas consegue defender-se melhor sem a ajuda de intrometidas como tu.

- T… - disse Amy, surpreendida. Era o rapaz de quem ela gostava que lhe estava a ser tão frio e cortante!? Foi ele que a ajudou quando todos gozaram com ela e se tinha despedido com tanta amizade…

- Já chega, T… - suspirou o rapazinho que dizia chamar-se Shane. – Ela só me tentava ajudar, não é como tu que só me criticas.

- Mas é para seres uma pessoa melhor. – disse T… e Amy sorriu. Nessa frase, ele tinha mostrado o amor que tinha pelo rapaz. Ele nem se apercebeu do olhar enternecedor de Amy.

- Bem… Não te queria ofender, T…. Só tentava ajudá-lo. – Explicou Amy e depois despediu-se. – Agora espero que me desculpem mas vou continuar. Quero ver se alguém tem um livro de Geografia para eu poder estudar.

- Eu tenho. – disse T… - Ia agora ao SUPREMO para poder estudar,
queres vir comigo?

- Eu? – Amy ficou surpreendida com aquele convite, não tinha ele sido tão antipático para com ela? Como se lhe lesse os pensamentos, T… acrescentou:

- Isso se quiseres vir, é claro. Não te culpo se não quiseres vir, eu compreendo e peço-te desculpa pelo meu inadequado comportamento.

- Deixa lá…

- Eu e ele somos primos e ele comporta-se como se fosse meu pai, apesar de só termos três anos de diferença. – disse o mais novo dos dois e sorriu. – Desculpa-o, Amy… Pareces ser tão simpática, na verdade, deves ser a rapariga mais adequada para ele!

Ao ouvir esse tão inocente comentário, Amy corou e T… ameaçou o primo com o punho e, dando a mão a Amy, guiou-a até a um café quase vazio mas agradável onde estudaram tanto que lhes doíam a cabeça.

Quem visse os dois se longe, pensava imediatamente que eram namorados, primeiro por causa da posição.

T… estava a ler um documento dentro do livro e Amy tinha a cabeça no seu ombro para poder ler, já que não tinha livro.

Outras das coisas que lhes faziam parecer namorados, era porque faziam um par engraçado, ela demasiado aprumadinha, com uma camisola de seda e uma saia com pregas um pouco acima dos joelhos, e ele meio tresloucado, com uma T – shirt e uns calções que apesar de tudo lhe davam um ar atraente.

Quando foram para a aula da tarde, que era filosofia, mandaram-lhes fazer um trabalho sobre a relação entre irmãos e disseram que os tinham de fazer a par.

- Romana, queres ficar comigo? – disse Amy, tentando mais uma vez.

- Sim, claro. Pode ser.

Era a primeira vez que Romana aceitava o seu convite, talvez porque a sua melhor amiga tinha faltado nesse dia.

Quando já estava tudo planeado, alguns colegas começaram a reclamar com os grupos e a professora decidiu por outra maneira: o grupo iria ser rapaz/rapariga e Amy teria de ficar com T…. A professora assim o decidira.

Por isso, mal saíram da escola foram cada um para a sua casa pesquisar e Amy ainda foi a uma biblioteca procurar livros sobre psicologia infantil, porque talvez encontrasse nesses livros alguma informação útil.

Conversaram por msn e decidiram que iam fazer um trabalho em que as personagens principais fossem dois irmãos só restava saber quem se ofereceria para responder a um pequeno questionário.

Cada um deles foi procurar dois candidatos que estivessem dispostos a serem cobaias no trabalho e nos dois dias seguintes decidiriam.

Amy passou o resto do dia a passar informação dos livros que considerava importante e a pesquisar na Internet. Felizmente que nos dias seguintes tenho a tarde livre, pensou ela.

No dia seguinte, recebeu um convite de Kagome e de Inuyasha para uma ida ao teatro com o irmão deste, que tinha acabado de chegar à cidade.

Kagome, como sempre uma namoradeira, estava a tentar arranjar-lhe um namorado mas Amy não queria saber de ninguém.

Mas aceitou o convite porque Inuyasha estava sempre a queixar-se desse seu irmão mais velho que raramente via e dizia constantemente que o preferia não voltar a ver.

- Poderá Sesshoumaru ser assim tão mau? – Questionava-se ela.

Vestiu um vestido verde e foi lá ter com eles, nunca imaginando que naqueles dois irmãos surgiria a esperança de um bom trabalho para ela e para T…

Quando chegou ao teatro, pôs uma mão na cabeça a tentar descobri-los no meio desta gente toda. Infelizmente, estava escuro e eles pareciam ainda não ter chegado.

De repente, ouviu uma voz familiar a gritar por ela. Ela olhou para trás e viu uma rapariga de grandes olhos castanhos e cabelos loiros ondulados a olhar para ela, sorridente.

- Não te lembras de mim? – perguntou.

- Claro que sim.. Maddie… Então, como é que vais?

- Eu vou bem, vim aqui com o meu namorado, o Steven – disse ela, e apresentou Amy a um rapaz que devia ter já pelo menos mais cinco anos que ela, que só tinha dezassete.

- É uma honra conhecer jovem tão bela – disse Steven, beijando o ar em cima da mão dela, com ar galante – Maddie falou-me imenso de si – Claro que era mentira, Maddie não queria recordar a jovem que a tinha magoado em criança.

Por causa de Amy, Maddie andara numa cadeira de rodas durante dois anos, e desistiu do voleibol – coisa que adorava fazer.

- Obrigada aos dois.

- Queres entrar connosco? – perguntou Maddie, para ser cordial.

- Deixa estar, eu estou à espera de uns amigos meus – respondeu e fê-lo bem já que Steven deixou escapar um suspiro de alívio, o que fez com que Maddie o olhasse advertidamente e que queria dizer que iria censurá-lo quando chegassem a casa. Dirigiu um rápido olhar de simpatia a Amy e foi-se embora, mandando cumprimentos aos pais dela.

O espectáculo estava quase a começar e não havia sinal dos três. Amy não sabia se devia entrar e guardar-lhes lugar ou ficar lá fora à espera deles. Já todos tinham entrado, só faltava três raparigas que estavam na entrada a fumar e um rapaz que estava sozinho, aparentemente à espera de alguém. Amy olhou bem para ele e pensou se o conhecia de algum lado, porque aquele rosto era familiar. Foi ter com ele e disse:

- Desculpe, não nos conhecemos de algum lado?

- Isso é que é maneira para combinar um encontro!? Estou verdadeiramente desiludido – disse ele, em tom zombador.

- Eu acho que a sua cara me é familiar, é tudo. – foi a resposta fria que ele recebeu. – Chamo-me Amy.

- E eu Sesshoumaru…

- S.. Sesshoumaru?! Então és o irmão de Inuyasha, não és?

- Sou sim, infelizmente. – disse ele com ar surpreso. – Tu também foste convidada, não foi? Mas eles nunca mais chegam.

- Desculpem – disse o guarda. – Vão demorar muito? Quero fechar a porta.

Na rua só estavam eles os dois, as raparigas já tinham entrado. Amy ligou rapidamente para Kagome que se desculpou e disse que tinha tido um acidente de carro mas nada de grave, porque o baka do Inuyasha tentou ultrapassar um carro da polícia e para fugir dele, embateu contra uma árvore.

Ela explicou isso a Sesshoumaru que lançou um sorriso irónico e disse:

- É sempre o mesmo Inuyasha, estúpido e idiota… Nunca há-de mudar…

E então entraram os dois para o teatro. Quando o teatro acabou, despediram-se e Sesshoumaru agradeceu a companhia. Amy acompanhou-o até ao carro e depois apanhou um táxi que a levou a casa de T…, onde lhe disse:

- Encontrei as pessoas ideais para a entrevista.

- A sério? Eu encontrei duas irmãs que se davam muito bem. E tu conseguiste dois irmãos que se davam razoavelmente mal?

- Oh! Muito melhor que isso – assegurou Amy e sorriu. – Muito melhor que isso… vais ver…